Vacinas
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Informação
Nossas vacinas
BCG
Previne a tuberculose, principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar (espalhada pelo corpo). É composta pelo bacilo de Calmette – Guérin – origem do nome BCG – obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. A vacina é indicada de rotina a partir do nascimento.
COMBINADA HEPATITE A e B (TWINRIX)
Previne infecções do fígado (Hepatites). Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. Indicada a partir dos 12 meses, adolescentes e adultos. É uma boa opção para pessoas que não foram vacinadas contra as duas Hepatites. Para crianças e adolescentes a partir de 1 ano e menores de 16: duas doses com intervalo de 6 meses. Para adolescentes a partir dos 16 anos, adultos e idosos: três doses, sendo a segunda aplicada um mês após a primeira e a terceira, cinco meses após a segunda. Pessoas com indicação de dose dobrada da vacina Hepatite-B ou esquema de quatro doses devem receber complementação com a vacina Hepatite-B.
COMBINADAS À DTPA
Vacinas quíntupla acelular (DTPA-VIP/HIB) – também conhecida como “penta”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPA), Poliomielite inativada (VIP) e a Haemophilus Influenzae tipo B (HIB). Vacina sextupla acelular (DTPA-VIP-HB/HIB) – também conhecida como “hexa”, inclui a tríplice bacteriana acelular (DTPA), a Poliomielite inativada (VIP), a Hepatite-B (HB) e a Haemophilus Influenzae tipo B (HIB). As duas vacinas são recomendadas para crianças a partir dos 2 meses de idade e podem ser aplicadas até ao 7 anos, sempre que seja indicada cada uma das vacinas incluídas nessas combinações. Para a vacinação rotineira de crianças (aos 2, 4, 6 meses e entre 12 e 18 meses), preferir o uso da vacina quíntupla (penta) ou sextupla (hexa). Para reforço entre 4 e 5 anos de idade, recomenda-se o uso de DTPA ou DTPA-VIP. Depois a cada 10 anos.
DENGUE
Previne infecção causada pelos 4 sorotipos de dengue: DEN1, DEN2, DEN3 E DEN4. A eficácia na prevenção da doença é de 65,5%; na prevenção de dengue grave e hemorrágica é de 93% e de internação é de mais de 80%. Trata-se de uma vacina atenuada, composta pelos 4 sorotipos vivos do vírus da dengue, obtidos separadamente por tecnologia de DNA recombinante. A vacina está licenciada para crianças a partir dos 9 anos de idade, adolescentes e adultos até 45 anos e é recomendada para indivíduos previamente infectados por um dos vírus da dengue (soropositivos com ou sem história da doença). A vacina está contraindicada às pessoas imunodeprimidas, alergia grave (anafilaxia) a algum dos componentes da vacina, gestantes, mulheres amamentando, pessoas sem contato prévio com o vírus da dengue (soronegativos). O esquema vacinal, consiste em três doses com intervalo de seis meses.
FEBRE AMARELA – FA
Previne a febre amarela. No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio-manguinhos – Fiocruz, utilizada pela rede pública e a produzida pela Sanofi Pasteur, utilizada pelos serviços privados de vacinação e eventualmente pela rede pública. Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha. Indicada a partir de 9 meses de idade. Na rotina, crianças até 4 anos, duas doses: aos 9 meses e aos 4 anos.
FEBRE TIFÓIDE
A febre tifóide é uma das infecções causadas por água e alimentos contaminados. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. Indicada para crianças a partir de 2 anos de idade, adolescentes e adultos que viajam para áreas de alta incidência da doença, em situações específicas de longa permanência e após análise médica criteriosa. Profissionais que lidam com águas contaminadas e dejetos. A vacina é aplicada em esquema de uma dose. Confere proteção por três anos, de modo que a revacinação poderá ser recomendada após este período, se o risco de adoecimento persistir ou retornar.
GRIPE (INFLUENZA)
A Influenza, ou gripe, como é comumente chamada, é prevenível por vacina. Ela ocorre todos os anos e está entre as viroses mais frequentes em todo o mundo. Estima-se que todos os anos a gripe causada pelo vírus Influenza atinja de 5 à 10% dos adultos e de 20 à 30% das crianças em todo o mundo. A complicação mais frequente e também a principal causa de morte em decorrência da gripe é a pneumonia, na maior parte das vezes causada pela bactéria pneumococo. O período de transmissão da gripe começa 24 horas antes dos sintomas e dura de 5 à 10 dias após o surgimento. Em crianças e pessoas com imunidade comprometida esse período pode levar até mais de 10 dias. Atualmente existem 2 tipos de vacinas disponíveis: a vacina Influenza trivalente e a vacina Influenza quadrivalente. O vírus Influenza sofre mutações capazes de produzir novos tipos de vírus, o que faz com que seja necessária uma vigilância contínua em todo o mundo, realizada por centros coordenados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir dessas informações é definida, anualmente, a composição das vacinas que serão indicadas a quem vive no hemisfério sul ou no hemisfério norte. Isso torna a vacinação anual a melhor maneira de prevenção contra a gripe. A vacina está indicada para todas as pessoas a partir dos 6 meses de vida, principalmente, aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença. Para crianças entre 6 meses e 8 anos de idade: duas doses na primeira vez em que forem vacinadas (primovacinação), com intervalo de 1 mês e revacinação anual. A partir dos 9 anos: dose única anual. Para menores de 3 anos, na dependência da bula do fabricante, o volume a ser aplicado em cada dose será de 0,25 ml ou 0,5 ml.
HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B – HIB
Previne doenças causadas pelo Haemophilus Influenzae tipo – B, principalmente meningite. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. Pode ser encontrada isolada ou combinada com a vacina tríplice bacteriana (DTPW ou DTPA). Indicada para crianças a partir dos 2 meses até 5 anos de idade. Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos com condições médicas que aumentam o risco para doenças por HIB: ausência de baço ou disfunção nesse órgão; antes e/ou após transplante de órgão ou medula óssea; após quimioterapia; entre outras. O programa nacional de imunizações (PNI) recomenda e disponibiliza a vacina em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de idade. As sociedades brasileiras de pediatria (SBP) e de imunizações (SBIM), recomendam uma quarta dose entre 12 e 18 meses, em especial, para crianças vacinadas com a vacina DTPA. Crianças com mais de 5 anos, adolescentes e adultos não vacinados e com doenças que aumentem o risco da doença: duas doses com intervalo de dois meses.
Hepatite A
Previne a Hepatite – A. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. Nos serviços privados de vacinação estão disponíveis as apresentações pediátricas (para uso até 15, 17 ou 19 anos de idade, dependendo do fabricante) e de adultos. Indicada a todas as pessoas a partir de 12 meses de vida. O esquema vacinal consiste em duas doses com intervalo de seis meses. As sociedades brasileiras de pediatria (SBP) e de imunizações (SBIM), recomendam a aplicação rotineira aos 12 e 18 meses de idade, ou o mais cedo possível, quando a vacinação não ocorrer nestas idades recomendadas. O programa nacional de imunizações (PNI) alterou em 2017 a faixa etária do esquema de dose única da vacina para crianças entre 15 meses e antes de completar 5 anos de idade.
Hepatite B
Previne infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da Hepatite-B. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não causa a doença. Indicada às pessoas de todas as faixas etárias. Faz parte da rotina de vacinação das crianças, devendo ser aplicada, de preferência, nas primeiras 12-24 horas após o nascimento, para prevenir hepatite crônica. Para a vacinação rotineira de crianças, o programa nacional de imunizações (PNI) adotou o esquema de quatro doses: uma dose em formulação isolada ao nascimento e doses aos 2, 4 e 6 meses de vida, incluídas na vacina pentavalente de células inteiras. A sociedade brasileira de pediatria (SBP) e a sociedade brasileira de imunizações (SBIM) recomendam os esquemas de quatro doses (adotado pelo PNI) ou de três doses: ao nascimento, em formulação isolada e aos 2 e 6 meses de vida, como parte da vacina hexavalente acelular. Aos 4 meses é recomendada a vacina penta acelular, a qual não contém o antígeno Hepatite-B em sua formulação. Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos não vacinados no primeiro ano de vida, o PNI, a SBP e a SBIM recomendam três doses, com intervalos de um ou dois meses entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira.
MENINGOCÓCICA – B
Previne meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não causa infecção. As sociedades brasileiras de pediatria (SBP) e de imunizações (SBIM), recomendam o uso rotineiro de duas doses aos 3 e 5 meses de vida e uma dose de reforço entre 12 e 15 meses. No entanto, este esquema pode variar de acordo com a idade de aplicação da primeira dose.
MENINGOCÓCICA CONJUGADA QUADRIVALENTE – ACWY
Previne meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não causa a doença. Contém antígenos das cápsulas dos meningococos dos sorogrupos A, C, W e Y, conjugados a uma proteína (toxóide tetânico, diftérico ou CRM-197). Indicada para crianças a partir de 2 meses e adolescentes. Para adultos e idosos com condições que aumentem o risco para a doença meningocócica ou de acordo com a situação epidemiológica. Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
PNEUMOCÓCICAS CONJUGADAS – 13 E 10 VALENTE (VPC-13 e VPC-10)
A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) previne cerca de 70% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 10 sorotipos de pneumococos. A vacina pneumocócica conjugada 13-valente (VPC-13) previne cerca de 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite) em crianças, causadas por 13 sorotipos de pneumococos. A vacina está indicada para crianças a partir de 2 meses e para menores de 6 anos de idade, é recomendada a vacinação rotineira com a VCP-10 ou VCP-13. Para maiores de 50 anos e sobretudo, para maiores de 60, recomenda-se esquema com as vacinas VPC-13 e VPP-23 (vacina pneumocócica polissacarídica – 23). As sociedades brasileiras de pediatria (SBP) e de imunizações (SBIM) recomendam a vacinação infantil de rotina com quatro doses da vacina VCP-13: aos 2, 4 e 6 meses de vida e reforço entre 12 e 15 meses. Para crianças entre 1 e 2 anos e não vacinadas: duas doses com intervalo de dois meses.
PNEUMOCÓCICA POLISSACARÍDICA 23-VALENTE (VPP-23)
Previne doenças causadas por 23 sorotipos de pneumococo. Trata-se de uma vacina inativada, portanto, não tem como causar a doença. Indicada para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos que tenham algum problema de saúde que aumenta o risco para doença pneumocócica (diabetes, doenças cardíacas e respiratórias graves; sem baço ou com o funcionamento comprometido desse órgão; com problemas de imunidade, entre outras condições). Para pessoas a partir de 60 anos deve ser aplicada de rotina. Não é recomendada como rotina para crianças, adolescentes e adultos saudáveis. É composta por 23 sorotipos de pneumococo. Recomenda-se a combinação da VPP-23 com a VCP-13. Idealmente, deve-se iniciar o esquema com a aplicação de vacina pneumocócica conjugada (VCP-10 ou VCP-13) – veja as indicações de cada uma – e aplicar uma dose da VPP-23 seis a doze meses depois da dose da vacina conjugada, e outra cinco anos após a primeira dose de VPP-23. Na maioria das vezes não se recomenda aplicar mais de duas doses de VPP-23.
POLIOMIELITE
O programa nacional de imunizações (PNI), adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP no reforço e campanhas anuais de vacinação. A sociedade brasileira de imunizações (SBIM) orienta que a vip seja a vacina de preferência na administração de todas as doses. A vacina poliomielite é indicada de rotina para todas as crianças menores de 5 anos. Para viajantes adolescentes e adultos com destino a países onde a doença é endêmica, como o Paquistão e o Afeganistão, ou a locais onde há risco de transmissão e registro de casos de poliomielite causada pelo vírus vacinal.
ROTAVÍRUS
Previne doença diarreica causada por rotavírus. Existem 2 tipos de vacina. A vacina oral atenuada monovalente (VRH1), contém um tipo de Rotavírus vivo “enfraquecido” e a vacina oral pentavalente (VRH5), composta por cinco tipos de rotavírus vivos “enfraquecidos”. Ambas as vacinas estão indicadas para bebês de 6 semanas à 8 meses e 0 (zero) dia. A primeira dose deverá ser obrigatoriamente aplicada até a idade de 3 meses e 15 dias e a última dose até os 7 meses e 29 dias. A VRH1, é oferecida de rotina pelo programa nacional de imunizações (PNI), nas unidades básicas de saúde, para crianças de 2 à 4 meses de vida. Também pode ser encontrada nos serviços privados de vacinação. A VRH5 é oferecida apenas em serviços privados de vacinação, para crianças a partir de 6 semanas à 8 meses de vida. A idade máxima para começar a vacinação é de 3 meses e 15 dias. Se houver atraso além dessa idade, a imunização não poderá ser iniciada. Da mesma forma, a idade máxima para a última dose é 7 meses e 29 dias.
TETRAVIRAL (SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA E VARICELA) – SCR-V
Previne Sarampo, Caxumba, Rubéola e Varicela. Trata-se de uma vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do Sarampo, da Caxumba, Rubéola e Varicela (catapora). Contém traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina. A vacina SCR-V está recomendada para crianças e adolescentes com menos de 12 anos em substituição às vacinas tríplice viral (SCR) e Varicela, quando a aplicação destas duas for coincidente. O programa nacional de imunizações (PNI) adotou a vacina SCR-V aos 15 meses como segunda dose da SCR e primeira dose da varicela.
TRÍPLICE VIRAL (SARAMPO, CAXUMBA E RUBÉOLA) – SCR
Previne Sarampo, Caxumba e Rubéola. Trata-se de uma vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola. Contém traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina. No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca). Como rotina para crianças, as sociedades brasileiras de pediatria (SBP) e de imunizações (SBIM), recomendam duas doses: uma aos 12 meses e a outra aos 15 meses, podendo ser usadas a vacina SCR (tríplice viral) ou a combinada SCR-V (tetraviral).
VARICELA (CATAPORA)
Trata-se de uma vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” da Varicela. Não contém traços de proteína do ovo de galinha. É recomendada de rotina para crianças a partir de 12 meses de idade. Excepcionalmente, em situações de surto, por exemplo, também para crianças menores, a partir dos 9 meses. Todas as crianças, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) devem ser vacinados. A sociedade brasileira de pediatria (SBP) e a sociedade brasileira de imunizações (SBIM) recomendam 2 doses da vacina de varicela: a primeira aos 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade. Essas doses coincidem com o esquema de vacinação da vacina SCR e, portanto, a vacina SCR-V pode ser usada nas duas doses. Para crianças até 11 anos, o intervalo mínimo entre doses é de três meses. Já para adolescentes e adultos suscetíveis são indicadas duas doses com intervalo de um a dois meses.